Com a presença da prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (UNIÃO), a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) lançou, na última semana, uma nota técnica sobre a importância dos campos maduros para o desenvolvimento do Estado.
 
Durante o evento, no Rio, foram debatidos temas como políticas públicas que ofereçam melhores condições de ampliação de investimentos, simplificação de processos regulatórios, e uso de tecnologias que melhorem a eficiência na exploração e produção em campos maduros no país.
 
“O que a gente está falando aqui hoje é o que impacta lá na ponta, na vida das pessoas, e, com certeza, isso que a gente está discutindo aqui é dinheiro para os municípios, é mais emprego”, apontou Fátima Pacheco.
 
A análise dos dados da Firjan foi apresentada no Painel Dinâmico de Campos Maduros e Marginais, que contou ainda com a presença do secretário de Petróleo, Energia e Inovação de Campos dos Goytacazes, Marcelo Neves, que também é secretário-executivo da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro).
 
De acordo com a Firjan, os dados permitem comprovar a eficácia da política pública de incentivo a partir da avaliação detalhadas do histórico de produção, acompanhando a série histórica dos campos maduros no território nacional.
 
Conforme o documento, os campos maduros que não recebem benefício sob a produção incremental seguem ritmo de queda de produção, acumulando -35% nos volumes médios anuais entre 2020 e 2024, enquanto os beneficiados por ajustes regulatórios aumentaram a produção em 23% no mesmo período.
 
A Firjan revela que, em 2023, a produção de campos maduros gerou mais de 6,5 bilhões de reais em royalties, com cerca de 70% provenientes do Estado. No mesmo período, apenas os campos com benefícios de produção incremental, a partir da redução de royalties, geraram 1,16 bilhão de reais, dos quais 56% são de campos localizados no mar fluminense.
Na mesa de debates do evento, Fátima Pacheco, que também é presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), falou sobre o uso dos recursos royalties na geração de empregos em Quissamã, dando oportunidade a quem mais precisa.
 
“Nós somos uma cidade de 25 mil habitantes. E hoje a gente atende a mais de 400 jovens, de 18 a 24 anos, e eles chegam, às vezes de cabeça baixa, tímidos, achando que aquele lugar não é para eles. E daqui há 6 meses, 1 ano, eles estão liderando equipes. Eles estão empoderados, eles estão com uma perspectiva de vida, muito mais cheias de sonhos, e podendo realizar. Estou falando esses números porque o orçamento dos royalties vai exatamente para isso”, contou a prefeita de Quissamã.
 
Aproveitando a oportunidade, Fátima Pacheco reforçou a importância dos royalties para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a geração de emprego e renda nos municípios produtores, especialmente na região da Bacia de Campos.
 
“Estamos falando aqui de comunicação, e a comunicação é importante porque a comunicação errada, ela demoniza as pessoas. E há uma demonização dos municípios por receberem royalties. Parece, primeiro, que é um favor. E não é. Porque é algo explorado dentro do nosso território. O impacto está aqui na nossa região, onde há exploração. E não tem o menor cabimento isso, até porque, não há essa coisa de, tipo assim, o histórico naquele momento é que a gente estava fazendo farra com o dinheiro dos royalties. E eu não estou aqui para julgar se num momento ou outro, um prefeito ou uma prefeita aplicou mal esse orçamento. Mas eu sei que hoje eu convivo diretamente com mais de 20 prefeitos e eu estou vendo todo mundo num grande esforço para poder garantir qualidade de vida para a sua população, para poder garantir política pública de qualidade, porque não dá para a gente viver num país do tamanho do nosso, e achar que é natural uma parcela gigante da população estar abaixo da linha da pobreza. E se tem uma caneta poderosa para poder botar essa briga em dia, não tenho dúvida, é a caneta do prefeito e da prefeita quando tem compromisso com a sua população”, completou.