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Trabalhadores de Cabiúnas realizam paralisação nesta sexta-feira (29)

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Funcionários do terminal de Cabiúnas em Macaé paralisaram suas atividades nesta sexta-feira (29). A mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta contra Acidentes na Indústria do Petróleo. O ato integra uma ação nacional convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) com o objetivo de pressionar a Petrobrás a implementar um Grupo de Trabalho Emergencial sobre Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS), acordado em reunião com a diretora da empresa, Clarice Coppetti, no dia 15 de outubro.

A mobilização também ocorre em virtude de uma preocupação crescente com a precarização das condições de trabalho na indústria. Na última quarta-feira (27), um grave acidente no Terminal de Angra dos Reis tirou a vida de dois trabalhadores da Transpetro. A categoria reforça que esses acidentes estão diretamente ligados à falta de investimento e à negligência na gestão de SMS.

De acordo com a Transpetro, os trabalhadores prestavam um serviço de manutenção na estação de tratamento de efluentes do Terminal de Angra dos Reis quando uma plataforma de acesso desabou. As vítimas foram identificadas como Herbert Félix Martins, de 21 anos, e Diego Nazareth, de 38 anos.

No Norte Fluminense, a indignação se soma à memória de um acidente recente. Em 7 de outubro, a engenheira Rafaela Martins de Araújo , de 27 anos, perdeu a vida enquanto trabalhava em uma obra na base de Cabiúnas. Funcionária da empresa MJ2 Construções, contratada pela Petrobrás, sua morte trouxe grande consternação. Em 2024, já foram registrados nove óbitos na região , número alarmante que reforça a urgência de ações efetivas para proteger a vida dos trabalhadores.

O Sindipetro-NF destaca que o ato de hoje é um chamado à responsabilidade da Petrobrás e um clamor por respeito à vida e à dignidade dos trabalhadores da indústria do petróleo. A luta é pela implementação de medidas que evitem mais tragédias e pela preservação da saúde e segurança no trabalho.

A categoria petroleira já aprovou uma pauta emergencial de SMS, que até o momento não teve avanços nas negociações com a Petrobrás. Veja abaixo as principais demandas:

  • Mudança na gestão de SMS , com profissionais especializados em saúde e segurança ocupacional.
  • Participação das entidades sindicais (FUP ou FNP) nas comissões de investigação de acidentes graves e fatais.
  • Retorno da Comissão de Prestadores de Serviço , com atuação nos moldes das comissões de negociação previstas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
  • Recomposição e aumento dos efetivos próprios para garantir condições seguras de trabalho.
  • Condições de trabalho adequadas , que garantam a segurança de todos os trabalhadores e trabalhadoras.