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Servidores da UFRJ fazem visita-aula ao prédio histórico do Centro Cultural do Legislativo de Macaé

Servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) participaram, na tarde dessa sexta-feira, 4, de uma visita-aula no prédio histórico da antiga sede da Câmara de Macaé, onde funciona o Centro Cultural do Legislativo.
Formado por 90 alunos do curso “Patrimônio Cultural; lugares de saberes e memórias”, o grupo teve a oportunidade de conhecer a história do antigo prédio localizado na Praça Gê Sandenberg, no Centro, além de entender o seu papel no processo de desenvolvimento da cidade.
Promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), o curso de capacitação acontece semestralmente em uma localidade de importância histórica e cultural para o Estado e o país, já tendo visitado cidades como Paraty e Maricá, no Rio, e Outro Preto, em Minas Gerais (MG).
Diretor do Centro Cultural do Legislativo, Meynardo Carvalho, que também é historiador e doutor em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio (UNIRIO), recebeu o grupo e contou a história do espaço.
Na visita-aula, os servidores da UFRJ puderam conhecer o processo de autorização para a construção do prédio, em 1835, e sua conclusão, em 1838; a visita de D. Pedro II, em 1847, e a criação e o funcionamento da prefeitura, em 1913, além da ampliação e modificação do imóvel, em 1927, e a mudança da sede do Legislativo, em 2012.
Os participantes do curso ouviram ainda sobre a visita do então presidente da república, Washington Luiz, em 1927, o impeachment do ex-prefeito, Eduardo Serrano, em 1960, o Golpe de 1964, e consequente Ditadura Militar, além de conhecerem a história da ex-secretária de Educação, Marilena Garcia (PT), a 1ª mulher eleita vereadora em Macaé, em 1982.
“É uma satisfação contar a história desta Casa, que já abrigou a Prefeitura de Macaé, o Tribunal do Júri, a Câmara Municipal, e hoje abre suas portas para manter viva a história e a cultura da nossa cidade”, disse Meynardo Carvalho.
Para a professora do curso e servidora da UFRJ, Cristiane Pires, a visita reforça a importância histórica de Macaé bem antes da instalação da Petrobras e da ascensão da indústria do petróleo e gás na região.
“Já havia uma pujança econômica na cidade desde o Brasil colônia. Pelo porto, se escoava a produção de café e açúcar, e a cidade funcionava também como depósito de mercadorias, inclusive de pessoas escravizadas”, lembra Cristiane Pires.
Assistente administrativa do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, Márcia Almeida se surpreendeu com o curso e a cidade-tema desta edição, elogiando a cidade e se mostrando encantada com a história de Macaé.
“Fiquei com vontade de morar em Macaé. Estou encantada com a cidade e sua história. Eu estava quietinha no meu mundinho e, de repente, parece que a minha mente se abriu. Sinto que evoluí ao aprender tantas coisas novas e espero colocar isso em prática na minha atuação no trabalho”, afirmou Márcia Almeida.