O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nessa quinta-feira, 21, os Planos de Negócios para o período entre 2025 e 2029 (PN 2025-29), com metas de curto e médio prazo, e para 2050 (PN 2050), que propõe refletir sobre o futuro do planeta e como a empresa quer ser reconhecida em 2050.

De acordo com a Petrobras, a previsão é que haja investimentos de 111 bilhões de dólares no período, sendo 98 bilhões de dólares na Carteira de Projetos em Implantação, outros 13 bilhões de dólares na Carteira de Projetos em Avaliação.

Do valor total de 111 bilhões de dólares, a previsão é de que 77 bilhões sejam investidos em exploração e produção, 20 bilhões em refino, transporte e comercialização, 11 bilhões em gás e energias de baixo carbono, e 3 bilhões na parte corporativa.

Segundo o documento publicado no site da Petrobras, dos 77 bilhões de dólares que serão investidos na área de exploração e produção, cerca de 60%, ou seja, algo em torno de 46,2 bilhões de dólares, serão destinados a ativos no pré-sal, com destaque para a Bacia de Campos.

O documento revela ainda uma previsão de que 32% da produção da Bacia de Campos em 2029 virá do pré-sal, com a conexão de 200 novos poços nos próximos 5 anos, reforçando a existência de projetos grandes de revitalização (REVITs) para aumentar os fatores de recuperação em campos maduros, especialmente na Bacia de Campos.

“A revitalização da Bacia de Campos segue com a entrada de novos sistemas de produção e também com a extensão da produção de sistemas existentes, que representam em torno de 30% do investimento futuro”, ressalta o documento da Petrobras divulgado nessa semana.

Conforme já havia sido adiantado durante eventos realizados em Macaé para as comemorações dos 50 anos da descoberta de petróleo em águas profundas na Bacia de Campos, os investimentos na região devem chegar a 23 bilhões dólares entre 2025 e 2029.

Ainda segundo o PN 2050, o planejamento da Petrobras estima que o fornecimento de energia nesse período passe de 4,3 exajoules (EJ) em 2022 para 6,8 EJ em 2050, um crescimento de 58,14% em 28 anos.

De acordo com a companhia, esse crescimento manteria a Petrobras como responsável por 31% da oferta primária de energia do Brasil. Além disso, a empresa também tem o objetivo de neutralizar suas emissões operacionais até 2050.

Em reportagem divulgada pela Agência Brasil, órgão oficial de comunicação do governo federal, a estatal declara que “concentrará esforços no aproveitamento dessas oportunidades do mercado de óleo e gás, com foco em reposição de reservas, na produção crescente com menor pegada de carbono e na ampliação da oferta de produtos mais sustentáveis e de maior qualidade no seu portfólio”.