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Câmara cobra investimentos em saúde e educação ao rejeitar presídio no Norte Fluminense

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A Câmara Municipal de Macaé aprovou, nesta quarta-feira (4), a Moção de Repúdio 163/2024 – uma reação contundente contra a decisão do governador Cláudio Castro (PL) de desapropriar um terreno para a construção de um presídio de segurança máxima na região Norte Fluminense.

O projeto, que abrange os limites territoriais de Macaé, Conceição de Macabu, Carabepus, Quissamã e Campos dos Goytacazes, foi duramente criticado pelos vereadores, que veem na iniciativa uma ameaça ao desenvolvimento local. A moção foi assinada por todos os parlamentares e se soma a ações semelhantes de outras cidades da região.

O vereador Rafael Amorim (Cidadania) expressou preocupação com o impacto negativo que um presídio traria para as cidades envolvidas. Segundo ele, além de intensificar a sensação de insegurança, o empreendimento pode levar à desvalorização de imóveis e terras, além de prejudicar o comércio e o turismo, pilares econômicos da região.

“Por que não cumprir a promessa de campanha de construir um hospital regional veterinário? Isso sim seria um investimento de real benefício para a população”, questionou o parlamentar.

Luiz Matos (Cidadania) reforçou as críticas, sugerindo alternativas mais urgentes e alinhadas às necessidades locais. “Por que não construir um hospital de referência para o tratamento do câncer? Isso evitaria o deslocamento de moradores para outras regiões e aliviaria a pressão nos hospitais da capital”, apontou. Para o vereador, um investimento na saúde seria não apenas mais justo, mas também mais eficaz para o bem-estar dos cidadãos.

A vereadora Iza Vicente (Rede) também condenou a atitude do governador, destacando que a decisão é “lamentável” e desconsidera as prioridades reais da população. Ela parabenizou os prefeitos Welberth Rezende (Macaé) e Fátima Pacheco (Quissamã) por liderarem a mobilização política contra o empreendimento e cobrou do governo estadual coerência nos investimentos.

“O Estado não concluiu sequer a construção de uma escola no Lagomar, que ficou abandonada por anos e só será finalizada porque a Prefeitura de Macaé assumiu a responsabilidade”, ressaltou. Para Iza, a alocação dos recursos destinados ao presídio deveria focar na melhoria da educação, no fortalecimento das forças de segurança e na criação de empregos.

“A população precisa de oportunidades, não de mais problemas”, concluiu a vereadora. A Câmara de Macaé agora une forças com outros municípios para pressionar o governo a reavaliar o projeto e priorizar investimentos que realmente contribuam para o crescimento da região.